Tudo a postos para os Golden Globes

2017-01-05 1

A cerimónia de entrega dos Golden Globes é já este domingo (8 de janeiro), com apresentação de Jimmy Fallon, e se os prémios dos críticos de Nova Iorque forem um bom indicador, então “La La Land” será o grande vencedor.

A comédia musical, escrita e realizada por Damien Chazelle, conquistou oito troféus da crítica nova-iorquina, em dezembro, incluindo o prémio de melhor filme. Para os Golden Globes parte com sete nomeações, entre as quais a de melhor comédia.

Emma Stone e Ryan Gosling, nomeados pela representação, protagonizam a história de uma aspirante a atriz e de um músico de jazz que procuram o sucesso no mundo do espetáculo, em Los Angeles.

Damien Chazelle considera que teve “muita sorte” com a equipa que se juntou para fazer o filme, “pessoas muito dotadas”, que ajudaram a melhorar o produto. Por isso, afirma ter sido o “realizador mais sortudo do mundo”.

“Manchester by the Sea”, o drama de Kenneth Lonergan é um dos filmes do momento e forte candidato ao Óscar.

Os críticos de Nova Iorque distinguiram-no com os prémios de melhor argumento, melhor jovem ator e melhor ator, para Casey Affleck, que volta a estar nomeado para os Golden Globes, onde “Manchester by the Sea” pode receber o galardão de melhor filme.

Casey Affleck ficou naturalmente satisfeito por ser reconhecido por um grupo de críticos que lê há muitos anos e por saber que o seu trabalho de ator foi apreciado pela maioria ou mesmo por todos os críticos.

O realizador Kenneth Lonergan refere que tem uma noção do que vai ser o filme a meio do segundo rascunho do argumento e que, desta vez, sentiu que tinha algo de muito bom nas mãos. As coisas ainda melhoraram quando o elenco se juntou e, a partir daí “foi só tentar não estragar tudo”.

“Jackie” também recebeu três prémios dos críticos de Nova Iorque, entre os quais o de melhor atriz para Natalie Portman, que também está nomeada para os Golden Globes pela sua interpretação de Jackie Kennedy.

A produção independente “Moonlight” conta com seis nomeações nos Golden Globes, entre as quais a de melhor filme dramático, melhor realizador, melhor atriz secundária e melhor ator secundário, categoria em que a crítica nova-iorquina distinguiu Mahershala Ali.

O ator ficou sensibilizado e afirmou que o prémio dos críticos é uma “bênção”, reconhecendo que fez parte de um conjunto notável de pessoas.

Para o realizador Barry Jenkins, “ter tanta gente, ver o círculo a alargar-se” e ter cada vez mais público que não o conhece, “ter completos estranhos que se reveem no filme e que não são de todo do mundo destes personagens” é algo que o toca profundamente.

Isabelle Huppert volta a estar nomeada para melhor atriz nos Golden Globes pelo seu papel em “Elle”, que não foi recompensado pelos críticos de Nova Iorque, que no entanto elegeram a película de Paul Verhoven como melhor filme em língua estrangeira.

Depois de “Elle”, a atriz francesa entrou em “O Que Está Por Vir”, que ganhou o Urso de Prata, na Berlinale.

Huppert sente-se