É o fim da crise eleitoral no Haiti. Está confirmado: Jovenel Moïse é oficialmente o presidente do país. Recolheu mais de 55% dos votos expressos na eleição de novembro último.
Résultats définitifs de la présidentielle:moisejovenel 55,60%JCelestin2016 19,57%SenateurMoise 11,04%Dr_M_Narcisse 9,01%#Haiti— Amélie Baron (@Ameliebaron) 3 janvier 2017
Aos 48 anos, este homem de negócios, que toma posse a 7 de fevereiro, promete combater a corrupção e bater-se pela unidade nacional.
“Este mandato presidencial de cinco anos, que o povo me confiou em toda a liberdade – porque, como eu disse durante a campanha, o poder vem de Deus, pela voz do povo – este mandato é a voz do povo”, afirmou o presidente eleito.
Mais de 200 anos após a independência, aquela que foi a primeira república negra da história do mundo é atualmente um dos países com mais desigualdades económicas, segundo o Banco Mundial.
Never Forget.
#Haiti pic.twitter.com/XeSk4WG1PU— Africa Film Society (@AfricaFilmSoc) 1 janvier 2017
Num país com uma dívida pública superior a 2000 milhões de dólares, a riqueza das elites contrasta com a pobreza de 60% dos haitianos, que vive com menos de dois dólares por dia.
Uma clivagem económica que não é alheia à reduzida taxa de participação no escrutínio, que não ultrapassou os 21%.
LA BONNE NOUVELLE #HAITI a un nouveau Président moisejovenel 55.6% Felicitations et Bonne Besogne #HaitiAvantTout #bay#ayiti#1#chans pic.twitter.com/Br6v3L1c2r— Laurent Lamothe (LaurentLamothe) 3 janvier 2017
O furacão Matthew que, em outubro, destruiu uma grande parte da ilha e provocou prejuízos superiores a 2000 milhões de dólares vai complicar ainda mais o projeto de Jovenel Moïse – antigo exportador de bananas -, que pretende transformar o Haiti num país exportador de alimentos biológicos.
Jovenel Moïse tinha sido eleito, pela primeira vez, em 2015 – mas a eleições foi anulada, devido a fraudes.