Ataque em Istambul: Sobreviventes relatam ter havido mais do que um atirador

2017-01-01 1

“Este foi um ataque para desestabilizar a Turquia e semear o caos”, afirmou o Presidente turco Recep Tayyp Erdogan, na primeira reação oficial ao ataque na discoteca Reina, às primeiras horas deste primeiro dia de 2017. No local, uma das mais famosas e exclusivas discotecas de Istambul, mais de 600 pessoas celebravam o novo ano: 35 morreram e 65 ficaram feridas, quatro com gravidade.

2017 yılının ilk saatlerinde İstanbul’un Ortaköy semtinde meydana gelen terör saldırısını şiddetle kınıyorum.— Recep Tayyip Erdoğan (@RT_Erdogan) 1 de janeiro de 2017

2017 yılının ilk saatlerinde İstanbul’un Ortaköy semtinde meydana gelen terör saldırısını şiddetle kınıyorum.— Recep Tayyip Erdoğan (@RT_Erdogan) 1 de janeiro de 2017

Depois de o Governador de Istambul ter avançado de que teria havido apenas um atirador, um dos feridos relatou, à chegada ao hospital, terem sido “três ou quatro atiradores armados com metralhadoras”. “Dispararam sem piedade contra a multidão e apontavam à cabeça”, garantiu.

Sinem Uyanik também estava na discoteca e viu o marido ficar ferido no ataque. “Deitámo-nos no chão. O meu marido estava sobre mim. Eles disparavam. Eram dois ou três atiradores. Depois surgiu uma espécie de nevoeiro e eu desmaiei. Havia pessoas sobre mim. Empurrei-as. Por todos os lados havia gente a chorar e um cheiro a pólvora”, recordou esta sobrevivente.

Yaşanan dehşet, fotoğraflara böyle yansıdı https://t.co/6xpRs2YF7Q pic.twitter.com/62dIqXe3cY— Hurriyet.com.tr (@Hurriyet) 1 de janeiro de 2017

Entre os mortos já confirmados há pelo menos 16 estrangeiros, anunciou o ministro do Interior turco. O processo de identificação das vítimas está a decorrer.

A discoteca Reina é um local famoso, multicultural, situado nas margens do Bósforo, com lotação para mais de 2000 pessoas, com vários espaços de entretenimento e conhecido curiosamente pelo lema “Passaporte para a União Europeia”.

A Reina é frequentada por celebridades internacionais, incluindo futebolistas das principais equipas de Istambul, entre eles Ricardo Quaresma, do Besiktas, Bruma e Josué, ambos do Galatasaray. Os clubes destes três jogadores portugueses já reagiram, em condenação do ataque.

Do atirador ou atiradores não foram veiculadas notícias em relação à captura e as notícias nos meios de comunicação, nomeadamente no jornal Hurryet, referem estar em curso uma caça aos atacantes, que terão conseguido iludir as câmaras de vigilância da discoteca.

O ataque não foi ainda reivindicado.