Ataque de Berlim: Suspeito foge por França e acaba morto em Itália -- veja a rota de fuga

2016-12-23 3

O principal suspeito do ataque de segunda-feira à noite a um mercado de Berlim foi localizado e morto na madrugada desta sexta-feira na estação ferroviária de Sesto San Giovanni, a norte de Milão, em Itália. O ministro do Interior italiano, Marco Minniti, disse tratar-se “sem sombra de dúvida” do tunisino Anis Amri, o homem mais procurado da Alemanha.

O primeiro-ministro italiano considerou que “o sucedido em Sesto San Giovanni mostra claramente a importância do aumento do controlo sobre o território italiano e a importância da cooperação entre as forças de segurança e militares italianas”. Paolo Gentiloni sublinhou ainda “a importância de se estreitar também a cooperação das autoridades a nível internacinal.”

De acordo com o que foi possível apurar, pelos bilhetes de transporte encontrados na posse do suspeito neutralizado, Anis Amri terá fugido de Berlim num comboio rumo a Frankfurt. Seguiu para França e terá passado anónimo por Paris e Chambery. Conseguiu entrar em Itália, passou por Turim e chegou por fim a Sesto San Giovanni, a norte de Milão, onde foi finalmente confrontado pelas autoridades.

Embora as autoridades não o confirmem, é possível que o suspeito já viesse a ser vigiado pelo menos desde Chambery, onde os controlos de segurança são mais apertados para quem pretende cruzar a fronteira alpina rumo a Itália.

Pelas três horas da manhã, uma patrulha da polícia local localiza um homem de origem magrebina a deambular a pé, sozinho, pela praça 1.° de Maio, nos arredores da estação ferroviária. O homem foi interpelado e pediram-lhe os documentos.

O suspeito respondeu a tiro, feriu um dos polícias italianos — Christian Movio, de 36 anos — e, na troca de tiros que se seguiu, Anis Amri acabou morto, alegadamente pelo tiro de Luca Scata, um jovem agente estagiário de 29 anos da esquadra de Sesto San Giovanni, que disparou desde o lugar do condutor da viatura policial envolvida.

Os investigadores forenses estão agora a tentar apurar se a pistola na posse de Anis Amri é a mesma que foi utilizada segunda-feira contra o motorista do camião roubado e utilizado no ataque ao mercado da Breitscheidplatz, de Berlim.

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