Seis anos de guerra civil. Mais de 310 mil mortos. Multiplos acordos de cessar fogo violados. O cenário não parece o mais favorável para uma trégua nacional na Síria, mas a Rússia garante estar empenhada em alargar o cessar fogo a todo o país. O presidente russo, em declarações feitas no Japão esta sexta-feira, garantiu que e “a próxima etapa é chegar a um acordo sobre um cessar fogo para todo o território sírio. Estamos a avançar com discussões intensas com os representantes da oposição, com a mediação da Turquia”.
A Turquia que volta a a ter um preponderante neste xadrez: nas últimas horas foi o grande mediador no processo de retirada de civis e combatentes feridos de Alepo. O chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, explicou em Ancara que falou “com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, e as nossas equipas estão em contacto com as autoridades russas e iranianas e com os combatentes no terreno para encontrar uma solução, sem acrescentar ainda mais problemas: queremos garantir um cessar fogo para toda a Síria”.
Mas a convergência entre a Turquia e a Rússia parece terminar por aqui. Ancara e as potências ocidentais querem uma transição política sem Assad. Russia e o Irão continuam a querer o líder sírio a comandar os destinos do país.