Cipriotas gregos e cipriotas turcos organizaram uma marcha esta quinta-feira para pedir uma solução para a divisão de Chipre.
A menos de um mês da ronda de negociações em Genebra sobre a reunificação da ilha, os manifestantes deslocaram-se da sede do líder cipriota turco no norte da ilha, até ao palácio presidencial do presidente grego cipriota no sul.
“Aceditamos que com a cooperação de cipriotas gregos e cipriotas turcos pode começar uma nova era, uma nova época num país de todos os cipriotas”, disse um dos organizadores, Takis Chatzidimitriou.
“Nós, os atuais habitantes cipriotas do norte e do sul, podemos encontrar um ponto de encontro e estou convencido de que será muito em breve”, frisou um dos manifestantes cipriotas turcos, Salih Oztopzak.
No encontro de 1 de dezembro organizado pela ONU em Nicósia, o presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, e o dirigente cipriota turco Mustafa Akinnci, marcaram uma cimeira de negociações para discutir o futuro Estado federal reunificado. A reunião terá lugar em Genebra, no dia 9 de janeiro.
Os dois responsáveis políicos comprometeram-se a apresentar no dia 11 de janeiro mapas sobre a partilha territorial das duas entidades que viriam a constituir a nova estrutura federativa. No dia seguinte, os Estados que garantem a segurança da ilha – Grécia, Turquia e Reino Unido, participarão numa conferência sobre o futuro de Chipre.
A República de Chipre, membro da UE desde 2004, exerce autoridade sobre a parte sul da ilha, onde vivem os cipriotas gregos. A autoproclamada República Turca do Chipre do Norte, apenas reconhecida por Ancara, correponde ao território da ilha habitado pelos cipriotas turcos.
Em 1974, o exército turco invadiu a parte norte da ilha, em resposta a um golpe de Estado que pretendia unir o país à Grécia, à revelia da minoria de língua turca. Chipre permanece dividida desde essa invasão turca.