O colonato ilegal de Amoná volta a tornar-se um símbolo para os ultranacionalistas israelitas.
Centenas de pessoas manifestaram-se esta noite frente à residência do primeiro-ministro em Jerusalém para protestar contra a ordem de evacuação do colonato na Cisjordânia, em território palestiniano.
O Supremo Tribunal israelita ordenou a expulsão das cerca de 60 famílias que ocupam o terreno privado desde 1996.
Uma manifestação que representa o início de uma nova vaga de contestação contra o governo. Segundo um manifestante:
“Se este governo de direita do Likud não consegue manter a ordem na Judeia e Samaria – a Cisjordânia – onde os judeus têm direito a viver, então não tem qualquer direito a governar este país”.
Os colonos, que ocupam um terreno privado, têm ordem para abandonar as casas até dia 25. Sob pressão da direita ultranacionalista, o governo poderia chegar a um acordo para transferir os colonos para outra zona, em território palestiniano, mas classificada como propriedade abandonada.
Cerca de 400 mil colonos israelitas vivem atualmente na Cisjordânia, em colónias consideradas ilegais pela comunidade internacional, mas toleradas por Israel.
O governo israelita apresentou entretanto uma proposta no parlamento para regularizar cerca de 50 colonatos na mesma situação que Amoná, em resposta à decisão do supremo.