Tensão à vista na cena política romena. A vitória do Partido Social-Democrata (PSD) da Roménia, de centro-esquerda, nas legislativas de domingo, vem colocar o seu líder, Liviu Dragnea, em rota de colisão com o presidente de centro-direita, Klaus Iohannis, que já sugeriu não estar disposto a indigitá-lo como primeiro-ministro.
Dragnea quer ser primeiro-ministro, apesar de ter sido condenado a uma pena suspensa de dois anos de prisão por fraude eleitoral, uma sentença que, de acordo com a lei, lhe veda o acesso ao cargo. Antes das eleições, Iohannis fez saber que não nomearia nenhuma pessoa sob a qual pesem sentenças judiciais.
De acordo com os resultados oficiais, os sociais-democratas conseguiram 45,2% dos votos, muito à frente dos principais rivais de centro-direita.
O PSD regressa assim ao poder, um ano depois de ter perdido o governo liderado por Victor Ponta, na sequência de um incêndio numa discoteca de Bucareste que matou 64 pessoas e provocou uma onda de protestos contra a corrupção no país.
Apenas 39,5% dos eleitores compareceram às urnas no domingo, o que constituiu o menor índice de participação desde o início da democracia em 1989.
