Dois anos de crise política e duas eleições anuladas, em abril e junho, não chegaram para desempatar os dois principais partidos da Macedónia nas eleições antecipadas deste domingo.
Tanto a atual coligação conservadora do ex-primeiro-ministro Nikola Gruevski, como a oposição social-democrata anunciaram, esta noite, ter vencido o escrutinio.
Com a quase totalidade dos votos contados, os conservadores estão à frente com 37,5%, um ponto acima dos sociais-democratas.
Um resultado que poderia anunciar o regresso do primeiro-ministro ao poder, depois de se ter demitido na sequência de um escândalo de escutas ilegais a várias personalidades e políticos da oposição.
Os sociais-democratas de Zoran Zaev, obtiveram 36,1% dos votos, cinco pontos acima do resultado de 2014, graças ao voto da minoria albanesa do país e depois de terem prometido reforçar os direitos da comunidade.
Face a um resultado cerrado o sufrágio ameaça manter o impasse político no país, candidato à adesão à União Europeia, quando os dois partidos terão que forjar alianças para poderem obter uma maioria no parlamento.
Cerca de oito mil observadores nacionais e estrangeiros acompanharam o sufrágio, depois das duas anteriores eleições terem sido anuladas a pedido da oposição, que denunciou irregularidades nas listas eleitorais e falta de liberdade de informação nos meios de comunicação do país.