A presidente da Coreia do Sul cede à revolta popular e afirma que está pronta a abandonar o cargo antes do fim do seu mandato.
Park Guen-hye pediu ao parlamento que decida sobre as modalidades da transição, quando os deputados tinham convocado um voto à destituição da presidente para esta sexta-feira.
“Estou pronta a abandonar o cargo, segundo a lei, assim que seja proposta uma alternativa de sucessão estável que possa minimizar a instabilidade política e um vazio de poder, após a discussão no parlamento entre o partido do governo e a oposição”.
O anúncio ocorre depois de cinco semanas consecutivas de protestos para exigir a demissão da presidente, manchada por um escândalo de corrupção.
Um amigo e assessor de Park, Choi Soon-sil é acusado de ter extorquido dezenas de milhões de dólares a vários empresários do país.
A presidente é suspeita de ter permitido que Choi utilizasse documentos confidenciais do governo.
A oferta de Park de reduzir o mandato, que expira em fevereiro de 2018, poderia evitar o processo de destituição, que levaria ao poder, como presidente interino durante seis meses, o atual chefe de governo, o impopular Hwang Kyo-ahn.