O regime sírio e seus aliados aproveitaram a turbulenta eleição presidencial nos Estados Unidos da América para redobrar os esforços na captura do leste de Alepo.
Depois de uma reunião com responsáveis da União Europeia, o subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Stephen O’Brien, disse à euronews que “não há dúvida de que, ao redor das eleições nos Estados Unidos, houve uma pressão muito severa do regime sobre o povo do leste de Alepo”.
“Mas também aumentaram as nossas preocupações face à situação na parte oeste de Alepo devido aos contra-ataques”, acrescentou.
A ONU pede, no mínimo, 48 horas de pausa humanitária para entregar bens de primeira necessidade e dar apoio médico aos milhares de feridos e doentes.
Stephen O’Brien alerta que os repetidos ataques a instalações de saúde são crimes de guerra: “Estamos a chegar ao ponto em que as instalações e pessoal médico foram tão severamente atingidos no leste de Alepo que os hospitais não funcionam e quase nenhum tratamento médico pode ser fornecido”.
“Isso não é apenas uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, mas é também uma violação do direito internacional humanitário”, realçou.
Mais de quatro mil pessoas do leste de Alepo fugiram para outras zonas ainda controladas pelos rebeldes, para a zona curda ou para o território detido pelo governo.