O governo colombiano e as guerrilhas FARC assinam, esta quinta-feira, uma versão revista do acordo de paz para terminar com mais de meio século de conflito depois de o primeiro texto ter sido rejeitado em referendo. Desta vez, o documento será ratificado no parlamento e não existirá uma nova consulta popular, o que é criticado pela oposição.
Para o presidente Juan Manuel Santos, “depois de escutadas todas as propostas e alternativas – e de comum acordo com as FARC – é claro que a forma mais conveniente e legítima para aprovar o acordo é através do Congresso, onde estão representadas todas as visões e posições políticas do país”.
Apesar de reconhecer que foram introduzidas melhorias no texto, a oposição insiste que o novo acordo deve ser submetido a referendo e critica a possibilidade de membros das FARC se poderem candidatar ao parlamento e à presidência sem serem punidos por crimes cometidos no passado. Líder da oposição, o ex-presidente Álvaro Uribe considera que é importante que “o governo não ceda à impunidade e ao tráfico de droga”.
Colombia’s new peace deal with Farc rebels rejected by opposition https://t.co/fMeBk1anlA— The Guardian (@guardian) November 22, 2016
Governo e FARC assinaram, em setembro, um primeiro acordo para acabar com 52 anos de conflito armado. Juan Manuel Santos recebeu mesmo o prémio Nobel da Paz, mas o acordo acabou por ser rejeitado pelos colombianos em referendo.
Após novas negociações, foram introduzidas alterações ligeiras no texto e detalhadas algumas disposições.
Análisis de los ajustes al acuerdo del Gobierno con las #FARC https://t.co/MoHYd8XmDH— Andrés Pastrana A (@AndresPastrana_) November 22, 2016
O acordo será assinado em Bogotá, no Teatro Colombo.
Colombia will finally sign its peace deal with Farc on Thursday https://t.co/cjUGEz9NmC— The Independent (@Independent) November 23, 2016
