As reações às declarações de Donald Trump sobre a pretensão de retirar os Estados Unidos do Acordo de Parceria Transpacífica e de negociar acordos bilaterais, não se fizeram esperar.
O acordo negociado por Barack Obama, e que esperava apenas a aprovação do Congresso, deverá cair por terra já que Trump o considera um desastre para a economia dos EUA.
Alguns dos principais atores desta parceria mostram-se cautelosos, ainda assim apreensivos. O primeiro-ministro japonês, que está de visita à Argentina, foi um dos que já reagiu:
“O TPP não faz qualquer sentido sem os EUA. Isso perturbaria o equilíbrio fundamental em termos de benefícios, o que significa que uma renegociação é impossível”, garantiu Shinzo Abe.
Da China, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros fez saber a posição do governo sobre os acordos bilaterais:
“Esperamos que esse regime comercial siga as regras da Organização Mundial do Comércio e seja útil ao sistema de comércio multilateral. Além disso, esperamos que esses acordos possam traduzir-se num reforço e não numa frustração para os outros”, frisou Geng Shuang.
Outro país visado é a Austrália. O Primeiro-ministro continua a defender o Acordo de Parceria Transpacífica:
“Portanto o senhor Trump e o seu novo Congresso terão de tomar as suas próprias decisões, em consonância com os interesses dos Estados Unidos. O que posso dizer-vos que é muito claro que, do ponto de vista da Austrália, ter acesso, um maior acesso para as exportações australianas, seja de bens ou serviços, a esses grandes mercados é, manifestamente, do nosso interesse. Significa mais e melhores empregos, um crescimento económico mais forte para a Austrália”, afirmou Malcolm Turnbull.