A prova de fogo de Matteo Renzi entra nos momentos decisivos. As últimas sondagens antes do referendo de Itália no próximo mês mostram que os eleitores estão inclinados a recusar as reformas constitucionais, a grande bandeira política do primeiro-ministro italiano. Os quatro estudos de opinião divulgados mostram que o “não” está na liderança.
No discurso dos 1000 dias de governação em Roma, Renzi lembrou que “este governo nasceu para fazer as reformas constituicionais. Criamos todo o programa e agora é aos cidadãos que cabe decidir se é bom ou não. Mas a nossa missão também era dar um novo impulso ao país, está mais forte mais ainda não tanto como gostaríamos. Mas agora a está nas mãos da soberania popular decidir a aprovação ou não das reformas constitucionais”.
Matteo Renzi desvalorizou ainda as sondagens dando como exemplo o que aconteceu com o Brexit e com Trump nos Estados Unidos.
A campanha pelo “não”, para além de ter o apoio de vários intelectuais e dos partidos mais à direita e mais à esqueda, está a ser liderada pelo partido anti-Europa do comediante Beppe Grillo. Vários analistas acreditam que se Renzi se demitir se o resultado não for positivo, os transalpinos podem estar à beira de um já chamado ‘Italexit’.