Os Estados Unidos garantem que a eleição de Donald Trump não vai pôr em causa os compromissos climáticos do país.
A declaração mais esperada da Conferência sobre o Clima de Marraquexe foi feita pelo ainda secretário de Estado norte-americano John Kerry.
O anúncio coincide com uma reunião dos países africanos, à margem da cimeira, em Rabat, para encontrar uma posição comum sobre as metas de redução de gases com efeito de estufa.
As promessas de Donald Trump de rever o entendimento climático de Paris, assinado pela atual administração norte-americana, agitam os debates em Marraquexe.
Para John Kerry, que reconhece não poder especular sobre as decisões de Trump, não há marcha atrás na assinatura do acordo.
“Ninguém deve duvidar de que a maioria esmagadora dos cidadãos norte-americanos, que estão ao corrente do impacto do aquecimento global, estão determinados a manter os compromissos que foram feitos em Paris”, afirmou Kerry.
A China, um dos maiores poluidores mundiais ao lado dos Estados Unidos, afirmou igualmente que a posição de Trump não vai afetar os compromissos da China.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Liu Zhenmi, recordou mesmo que foi uma administração republicana quem lançou os trabalhos do painel intergovernamental de peritos no aquecimento global nos finais dos anos 80.