O socialista Rumen Radev venceu a segunda ronda das presidenciais na Bulgária.
No escrutínio de domingo, o candidato da oposição obteve 59,4 por cento dos votos, derrotando a rival, Tsetska Tsacheva, apoiada pelo primeiro-ministro conservador, que não foi além dos 36,2 por cento.
Radev assume, a 22 de janeiro, o cargo de chefe de Estado daquele que é considerado o país mais pobre da União Europeia.
“Entendo que este é o começo da mais importante missão da minha vida. Trabalhar para uma Bulgária segura e próspera, na qual haja unidade e não o ódio do passado”, afirma o presidente eleito.
A Bulgária enfrenta agora uma crise política e institucional.
Tomando o resultado como uma crítica ao Governo, o primeiro-ministro, Boiko Borisov, demitiu-se esta segunda-feira.
“Agora, posso ver os muitos erros que cometemos, mas somos um partido que aprende com os seus erros e os corrige. Quero enfatizar que sempre fomos um partido do povo e posso sentir na minha pela cada uma das pessoas. Com estas eleições, as pessoas disseram-nos que algo não está certo. Elas disseram que as nossas prioridades podem ser boas, mas há outras”, confirma o primeiro-ministro demissionário.
A demissão do Executivo coloca a Bulgária num impasse político. Se nenhum dos três partidos representados na Assembleia Nacional conseguir formar Governo, o ainda presidente, Rosen Plevneliev terá de nomear um Governo de gestão.
Segundo a Constituição, apenas o novo presidente poderá dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas.