Um relatório da Amnistia Internacional revela, de forma preocupante, que vários homens vestidos com uniformes da polícia federal iraquiana terão, alegadamente, torturado e morto civis residentes em povoações a sul de Mossul.
De acordo com o documento registaram-se “pelo menos seis” execuções nas regiões de Al Shurra e Al Qayyara. Segundo os observadores da Amnistia Internacional as forças iraquianas suspeitavam que as vítimas estavam relacionadas com o autodenominado Estado Islâmico.
No mês passado, as forças pró-governamentais iniciaram uma ofensiva para retomar o controlo de Mossul. A Amnistia alerta para o risco dos alegados abusos serem replicados em outras cidades à medida que prosseguem as operações.
A ofensiva para recuperar Mossul, que começou a 17 de outubro, conta com cerca de cem mil efetivos, entre elementos do Exército, das unidades curdas peshmerga, milícias xiitas e tropas da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos. Um contingente que permitiu dar respostas no terreno, mas que está a provocar a fuga de muitas pessoas.
As Nações Unidas temem que nos próximos dias haja um êxodo massivo que se juntará aos mais de 35 mil deslocados que precisam de atenção sanitária.