As iraquianas Nadia Murad Basee e Lamiya Aji Bashar, membros da minoria yazidi, são as vencedoras do Prémio Sakharov da Liberdade de Pensamento 2016, atribuído pelo Parlamento Europeu, anunciou o presidente, Martin Schulz, esta quinta-feira, na sessão plenária em Estrasburgo (França).
Schulz disse que as ativistas foram escolhidas pelos esforços na defesa das mulheres vítimas de escravidão sexual às mãos dos jihadistas do Daesh.
A ONU estima que 3200 membros desta minoria étnico-religiosa do Curdistão continuam sob o jugo do grupo extremista islâmico.
O Parlamento fez uma escolha que pode ser vista como politicamente menos sensível face aos outros dois finalistas.
No caso do jornalista Can Dundarn, que vive no exílio, o galardão poderia dificultar ainda mais as relações com a Turquia, de onde é nacional.
O outro finalista era Mustafa Dzhemilev, líder da minoria tártar na Crimeia, território ucraniano anexado pela Rússia.
O Prémio Sakharov, no valor de 50 mil euros, será entregue numa cerimónia a 14 de dezembro.