O presidente executivo da AT&T, Randall Stephenson, está confiante de que a aquisição da Time Warner será aprovada pelas autoridades da concorrência.
O negócio, de mais de 85 mil milhões de dólares, é o maior do mundo este ano e vai mudar a paisagem mediática nos Estados Unidos.
Os grupos rivais da Time Warner e a classe política pedem uma análise rigorosa do dossiê, tendo em conta as implicações ao nível da concorrência.
O candidato democrata à vice-presidência, Tim Kaine, afirmou: “Partilho as mesmas preocupações sobre as questões da concorrência. É preciso aprofundar a questão. Em geral, sou a favor da concorrência, e não da concentração, porque penso que é benéfica, sobretudo, nos media. Mas o anúncio é recente e ainda não conheço todos os detalhes. Mas são necessárias respostas a estas perguntas”.
O senador democrata, Bernie Sanders, considera que a administração deve impedir a mega fusão, já que esta implicará, para os americanos, um aumento dos preços e uma redução da oferta.
The administration should kill the Time Warner-AT&T merger. This deal would mean higher prices and fewer choices for the American people.— Bernie Sanders (@BernieSanders) 23 de outubro de 2016
O candidato presidencial republicano é também contra. Num comício na Pensilvânia, Donald Trump garantiu que, se ganhar a 8 de novembro, a sua administração não aprovará um tal negócio e uma tal concentração de poderes.
#DonaldTrump borrows from Teddy Roosevelt, Says He Would Block #ATT & #Time Warner Merger as President https://t.co/dx864idneO— EconomicsJunkie (@EconomicsJunkie) 22 de outubro de 2016
Esta é a maior fusão entre um fornecedor de acesso a canais pagos e um fornecedor de conteúdos desde a compra, em 2011, da NBC Universal pela Comcast
A AT&T já detém uma televisão por cabo, a DirecTV. Com a aquisição da Time Warner, o segundo operador norte-americano de telecomunicações passa a controlar também os canais de televisão CNN e HBO e os estúdios de cinema Warner Bros.
Para lá das atividades de telecomunicações, media, internet e cabo, a AT&T reforça assim a presença no setor lucrativo da produção e distribuição de conteúdos.