Está aberto o caminho para o fim de dois anos de instabilidade política no Líbano. O antigo primeiro-ministro sunita Saad Hariri anunciou, esta quinta-feira, a decisão de apoiar a candidatura do general Michel Aoun à presidência da República.
Uma decisão tomada “para preservar o sistema político, reforçar o Estado, relançar a economia”, conseguir “um distanciamento da crise síria” mas não só.
“Através do diálogo chegámos a um acordo para reavivar o Estado, as instituições, os serviços básicos, as oportunidades de emprego, para dar aos libaneses, mulheres e homens, a oportunidade de terem uma vida normal”, afirmou, em conferência de imprensa, Hariri.
O general, de 81 anos, deverá ser eleito durante a 46.ª reunião do parlamento, organizada para eleger um presidente. Até agora, a votação não aconteceu devido ao boicote da maioria dos deputados, nomeadamente os favoráveis a Michel Aoun e dos seus aliados xiitas do Hezbollah.
O Líbano não tem presidente desde 2014 e tem sofrido com a guerra na vizinha Síria.