A Agência Espacial Europeia considerou a missão Exomars 2016 parcialmente bem-sucedida.
Relativamente ao módulo Schiaparelli que foi lançado para a superfície de Marte, a ESA recordou que se tratava dum teste, e que apesar do silêncio após a aterragem, foram enviados dados durante a descida.
“Não só o paraquedas funcionou do ponto de vista da sincronização, mas o escudo que protegia a cápsula durante a fase de travessia atmosférica a alta velocidade funcionou perfeitamente. A partir dos dados recolhidos podemos ver que os instrumentos providenciaram dados significativos. Agora é preciso analisá-los e perceber porque é que a cápsula não se comportou exatamente como esperado no ambiente marciano” – sublinhou o italiano Andrea Acommazzo.
We need to understand what happened in the last few seconds before the landing – a lot to learn from this valuable test landing #ExoMars— ESA Operations (@esaoperations) 20 de outubro de 2016
Quanto à sonda Trace Gas Orbiter, que tem como missão principal recolher indícios de gases, e em particular de metano, que é um indicador de presença de vida, o diretor das operações de voo manifestou-se bastante satisfeito:
“Foi um grande sucesso, todos os parâmetros registados do TGO são perfeitamente normais. Esta é a segunda vez que efetuamos uma inserção orbital em torno de Marte, 13 anos depois do Mars Express.”
Andrea Accomazzo: Our ESA_TGO orbiter is working perfectly - we had a great orbit insertion #ExoMars— ESA Operations (esaoperations) 20 de outubro de 2016
A segunda parte da missão Exomars está agendada para 2020. O objetivo é enviar para Marte um veículo científico, mas, além do desafio tecnológico, a ESA ainda precisa de angariar os fundos para financiar a operação.