Bruxelas apresentou uma nova proposta para proteger a indústria europeia de práticas de concorrência desleal.
Uma das mais afetadas é a indústria metalúrgica, que sofre em parte com essas práticas com origem na China, produtora de metade do aço do mundo.
O comissário europeu para o Investimento e Competitividade, Jyrki Katainen disse, esta quarta-feira, que “a proposta ajuda a defender melhor os trabalhadores e empresários europeus contra bens com preços abaixo do custo de produção que entram no nosso mercado, mas também permite cumprir os compromissos no âmbito da Organização Internacional do Comércio”.
A proposta será debatida pelos Estados-membros, em novembro, que se mostram divididos, sobretudo por causa dos diferentes tipos de relação que têm com a China a nível bilateral.
Um membro da federação industrial europeia Aegis Europe, Renaud Batier, explica que “a Comissão está a atuar em algo muito importante que é a necessidade de ser forte nas exportações. É uma área muito importante e há países que são extremamente fortes na exportação. Mas não podemos aceitar, por outro lado, que essas exportações se façam à custa de um mercado completamente aberto a práticas desleais”.
O caso da China é o mais preocupante porque deverá ter acesso ao estatuto de economia de mercado em dezembro, o que é criticado pela Comissão Europeia, que acusa ao governo chinês de continuar a interferir na gestão das empresas, nomeadamente com subsídios.