O navio de guerra norte-americano USS Mason voltou a ser alvejado esta quarta-feira a partir do território no Iémen controlado pelos rebeldes xiitas “huthis”, revelaram fontes do Pentágono.
Foi o segundo incidente do género em quatro dias. Tal como no domingo, dois mísseis voltaram a ser disparados, esta quarta-feira, por volta das 18:00 horas locais (menos duas horas em Lisboa). Uma vez o navio norte-americano teve de adotar medidas defensivas e não foi atingido, mas não ficou claro se pela ação das medidas defensivas ou porque os projéteis falharam o alvo.
U.S. to Respond in ‘Appropriate Manner’ After New Yemen Missile Attack on USS Mason https://t.co/2VxnBBtqh5— U.S. Naval Institute (@NavalInstitute) 12 de outubro de 2016
Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Peter Cook,avisou: “Aqueles que ameaçam as nossas forças devem ter ciente que os comandantes norte-americanos detêm o direito de defender os respetivos navios e nós iremos responder a esta ameaça no tempo e na forma apropriadas.”
No ataque de domingo, o Pentágono suspeita terem sido usados dois mísseis C-802, de fabrico chinês e providenciados aos rebeldes “huthis” pelo Irão. Esses dois primeiros mísseis também foram disparados desde o sul do Iémen e foram intercetados por outros dois mísseis defensivos SM-2 e por um míssil “Seasparrow” evoluído (ESSM).
Guided-missile destroyer #USSMason conducts formation exercises with the Cyclone-class patrol crafts #USSTempest & #USSSquall US5thFleet pic.twitter.com/oQvNjN1OIv— U.S. Fleet Forces (USFleetForces) 20 de setembro de 2016
Ambos os casos envolvendo o navio USS Mason acontecem após o ataque aéreo de sábado sobre um funeral “huthi” em Sana, capital do Iémen, no qual morreram mais de 140 pessoas e centenas ficaram feridas.
Este sangrento ataque foi apontado pelos “huthis” à coligação liderada pela Arábia Saudita, que desmentiu qualquer envolvimento no raide. Ainda assim, Washington anunciou a reavaliação do apoio que tem vindo a dar à aliança árabe no Iémen.