O realizador Ken Loach está preocupado com o impacto do Brexit na indústria cinematográfica e televisiva no Reino Unido. Falou publicamente em Bruxelas, numa reunião para assinalar o 10º aniversário do Prémio de Cinema Lux, um prémio que visa promover o cinema europeu: “o facto do Reino Unido sair da União Europeia vai enfraquecer a sua contribuição para o cinema europeu, porque os apoios europeus para o cinema – que são bons, não são suficientes, mas são bons – como o fundo Media, o Eurimages etc… Se o Reino Unido não fizer parte do fundo Media, por exemplo, isso vai enfraquecer a nossa ligação à Europa e vai inibir os acordos de coprodução, porque se não houver livre circulação de pessoas o esforço burocrático será muito grande… É algo que vai enfraquecer a nossa ligação com a Europa”.
Ken Loach ganhou a segunda Palma de Ouro com “I, Daniel Blake” – o retrato de um carpinteiro doente que enfrenta toda a burocracia do sistema de saúde. O filme foi apoiado pelo programa MEDIA da União Europeia.
Depois do debate público sobre o futuro do cinema europeu foi exibido o filme “Mustang”, do realizador franco-turco Gamze Erguven. O filme venceu o prémio Lux no ano passado.