A universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, foi pelo segundo dia consecutivo palco de confrontos entre as forças de segurança e estudantes que reclamam um ensino superior gratuito na África do Sul.
O presidente Jacob Zuma anunciou a criação de uma equipa ministerial para tentar pôr fim à contestação, que dura há várias semanas.
Sharona Patel, porta-voz da universidade de Witwatesrand, afirma que propuseram “protestar junto com os estudantes”, mas “não concordam com [...] algumas das táticas usadas, como a violência, ameaças ou intimidação”.
Uma manifestante afirma que “os estudantes estavam simplesmente a cantar e foram os polícias que pioraram a situação e começaram a disparar, de forma aleatória”. Acrescenta que “ao princípio, não queria correr, para verem que era inocente”, mas acabou por decidir “fugir”.
Os protestos, que se têm multiplicado pelas universidades de todo o país e que degeneraram em várias ocasiões em violência, tiveram início a 19 de setembro, depois do governo sul-africano ter validado um aumento nas propinas de até 8 por cento em 2017.