Funcionários e pensionistas das instituições europeias entregaram, esta quarta-feira, uma petição que exige medidas contra José Manuel Barroso devido à sua contratação pelo Banco Goldman Sachs.
Um representante, Michel Vanden Avont, explicou à euronews que “há anos que os funcionários da Comissão e de outras instituições europeias são atacados sem que haja uma efetiva resposta. A crise com Brexit revela bem os efeitos dos ataques de partidos populistas e extremistas, bem como de uma parte da imprensa”.
“Agora surge o caso Barroso, que é a gota que fez transbordar o copo e que levou a esta iniciativa. É neste contexto global que devemos analisar esta iniciativa contra Barroso”, acrescentou.
Esta petição reuniu mais de 150 mil assinaturas, a que se junta outra com mais de 60 mil, por iniciativa de organizações não governamentais.
Um dos promotores desse segundo documento, Daniel Freund, afirmou que “está em causa um problema sistémico. Não se trata apenas do caso isolado de Barroso”.
“Pedimos uma reforma mais geral das regras de ética para os antigos comissários, nomeadamente que passe para três anos o período de nojo. Também pedidos a reforma da comissão de ética, que atualmente não é independente porque é um grupo de ex-comissários que faz julgamentos sobre ex-colegas ou pares, e não devia julgar este tipo de casos”, acrescentou.
As petições foram entregues na Comissão Europeia. José Manuel Barroso tem negado ter cometido qualquer ilegalidade em relação ao banco, antes ou depois de deixar de ser presidente dessa instituição.