Milhares de estudantes do ensino secundário manifestaram-se, esta sexta-feira, em dezenas de cidades italianas, contra a reforma da educação, proposta pelo governo de Mateo Renzi. A reforma foi aprovada, em julho de 2015, mas só agora posta em prática.
O executivo minimiza a situação, os participantes no protesto dizem que a reforma privilegia o ensino privado, em detrimento do público:
“Este protesto é uma mensagem dirigida ao governo e à Europa. Anos e anos de política europeia, totalmente apoiada pelo governo de Renzi está, literalmente, a destruir a educação pública em Itália, levou à formação de uma escolaridade discriminatória que dá oportunidades diferentes às diferentes classes sociais. Escolas nas quais nem todos os alunos têm as mesmas oportunidades, uma escolaridade em que o lucro é um fator decisivo”, afirma Alessio Angelucci, secretário da Frente Comunista Jovem.
Uma das reformas previstas passa pelos valores salariais dos professores terem como bitola o mérito e não o tempo de serviço
Em algumas cidades, entre elas Roma e Florença, as manifestações degeneraram em violência entre estudantes e forças policiais.
Os protestos visam também o referendo à Constituição previsto para 4 de dezembro.