O mar mediterrâneo volta a ser a principal via de acesso de milhares de migrantes ao sul da Europa, quando mais de 10.600 pessoas foram resgatadas em alto mar nas últimas 48 horas.
A guarda costeira italiana e as ONGs que operam no canal da Sicília realizaram pelo menos 33 operações de salvamento desde segunda-feira.
Cerca de 50 cadáveres foram recuperados durante as operações, 20 dos quais de pessoas esmagadas ou asfixiadas no porão de uma embarcação sobrelotada.
O número de chegadas desde o início do ano ascende a 142 mil pessoas, quando as vítimas da travessia, quase 3.100, superam já o número de 2.892 mortos do ano passado.
Num dos navios da guarda costeira italiana, com cerca de mil migrantes, três mulheres deram à luz pouco após terem sido salvas.
A maior parte dos migrantes embarcaram na Líbia, mas segundo as autoridades italianas, a Argélia volta a ser um ponto de partida, com 500 pessoas provenientes do país resgatadas só no mês de Setembro.
Um fenómeno que agrava a sobrelotação das estruturas de acolhimento em Itália, quando o país alberga atualmente cerca de 160 mil refugiados.