A emenda constitucional proposta pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán vai ser apresentada ao Parlamento, até segunda-feira. Esta proposta de alteração da Constituição segue-se a um controverso referendo sobre o sistema de quotas de refugiados, imposto pela União Europeia.
Orbán defende que a aceitação de refugiados é uma questão de soberania nacional e que a UE não poderá sobrepor a sua vontade relativamente à Hungria: “Não consigo imaginar um estado entre a comunidade democrática dos Estados europeus que diga claramente que não quer algo e, depois noutra capital, como em Bruxelas, se decida que há que fazer exatamente o oposto. Creio que isso seria algo sem precedentes na história da União Europeia. Não acredito que pudesse haver uma decisão como esta. Uma decisão que viola a democracia; tenho uma opinião muito melhor sobre a União Europeia.”
O líder conservador recusou apresentar demissão após as críticas da oposição e pretende travar a entrada de refugiados no país, através desta alteração da Constituição.