Depois da segunda noite de confrontos, o exército norte-americano foi chamado a intervir na cidade de Charlotte, na Carolina do Norte.
A população está revoltada com a morte de um homem desarmado às mãos da polícia – um caso longe de ser inédito e que se tem repetido ao longo dos últimos meses. O facto de se tratar de um negro, tal como em casos anteriores, dá uma dimensão racial aos protestos.
O chefe da polícia confirma que a vítima estava, pelo menos aparentemente, desarmada: “O vídeo não me dá provas absolutas de que ele estivesse a apontar uma arma ao polícia. Não vi isso nos vídeos que estive a rever”.
Os últimos confrontos entre os manifestantes e a polícia fizeram pelo menos nove feridos, incluindo uma pessoa ferida com gravidade com um tiro na cabeça. A polícia garante que não foi autora do disparo. As autoridades fizeram pelo menos 44 detenções e usaram gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, quando os protestos degeneraram em violência. O governador da Carolina do Norte decretou o Estado de emergência para esta cidade.
Nos últimos meses, várias cidades americanas viveram situações deste tipo quando indivíduos desarmados, sobretudo negros, têm sido mortos pela polícia. O tema do racismo vem a lume, embora em vários casos – este último incluído – o autor do disparo seja, também ele, de raça negra.
The calmest man in Charlotte is protester Henry Lee, 51, who silently refuses to leave his chair. pic.twitter.com/8abgzPwoDZ— Matthew Teague (@MatthewTeague) September 22, 2016