Com Associated Press
O Estado de Israel beneficiará, durante uma década, de um financiamento militar sem precedentes por parte dos Estados Unidos, com o exército israelita a receber fundos superiores a 35 mil milhões de euros.
Segundo a agência de informação Associated Press, o acordo é o mais importante deste tipo em toda a História dos Estados Unidos e visa substituir o último acordo de 10 anos assinado com Israel, graças ao qual o Estado hebreu tem vindo a receber quase três mil milhões de euros por ano, e que data de 2008.
Quando o novo acordo entrar em vigor, a partir de 2019, Tel Avive deverá receber mais de 3,5 mil milhões de euros por ano.
Susan Rice, Conselheira para a Segurança Nacional norte-americana, disse que o acordo era um sinal do compromisso inabalável dos Estados Unidos para com a segurança de Israel.
Rice acrescentou que os Estados Unidos estarão sempre disponíveis para “o Estado de Israel e para o seu povo, hoje, amanhã e para as gerações futuras.”
No other Administration has done more for Israel’s security, & US commitment to Israel will remain unshakeable. https://t.co/emy9PSIC2S— Susan Rice (@AmbassadorRice) 14 September 2016
O acordo prevê, no entanto, que todo o material militar comprado pelo exército israelita seja de produção norte-americana.
O Executivo israelita concordou em não pedir ao Congresso dos EUA que aprove a transferência de mais fundos do que o previsto, exceto em caso de guerra.
Um acordo visto como uma reaproximação
As negociações relativas ao acordo militar tiveram lugar numa fase particularmente tensa das relações entre Washington e aquele que é considerado como o seu principal aliado no Médio Oriente.
O Governo Obama olha agora para este acordo como uma resposta às críticas por não ter supostamente apoiado o suficiente Israel durante os últimos anos.
Benjamin Netanyahu expressou, em várias ocasiões, alguma preocupação com a posição dos Estados Unidos relativamente ao programa nuclear iraniano e à progressiva eliminação das sanções internacionais a Teerão.
Israel considera que, dotada de capacidade nuclear, a República Islâmica do Irão constitui uma ameaça à existência e segurança do Estado hebreu.
Mas, para o presidente dos EUA, o acordo nuclear entre o Irão e a Comunidade Internacional constitui uma vantagem para Israel e para a sua segurança a nível regional.