Trinta mil trabalhadores estrangeiros da construção civil, na Arábia Saudita, estão sem salários, alguns há 8 meses.
A maioria tinha os passaportes retidos, questão que terá sido resolvida, mas a maioria continua a não querer voltar para o seu país sem dinheiro.
O ministro do trabalho, que estará atentar encontrar uma solução para este problema, com parceiros internacionais, desvaloriza a situação:
“Temos 10 milhões de trabalhadores estrangeiros que não se queixam e apenas 30 mil, de uma empresa apenas que o fazem, não podemos generalizar”, afirma Mufarej Al-Haqbani.
A maioria dos trabalhadores são indianos e paquistaneses. Vivem todos juntos mas com poucas condições. O que os preocupa, principalmente, são as famílias que deixaram de ter sustento. Ainda que haja outros problemas:
“Desde janeiro que não recebo salário, a minha família está com muitos problemas. Não tenho dinheiro para a escola do meu filho, nem para pagar a eletricidade e a comida da minha família”, diz Mohammed Mossad, um trabalhador indiano.
“Fico sentado no meu quarto a perder o meu tempo. Quero regressar ao Paquistão mas continuo aqui sentado, não me dão o meu salário, não me dão nada…” – desabafa Mohammed Riyas, outro trabalhador, este paquistanês.
“Há pessoas que estão doentes mas não podem ir ao hospital porque não têm seguro. Não podem ser tratadas aqui”, explica outro paquistanês, Sardar Naseer.
O Rei da Arábia saudita afirmou, esta quinta-feira, que a situação vai ser resolvida. Para já o ministro do trabalho garantiu vistos para que os trabalhadores possam regressar a casa ou circular entre os dois países.