Um elemento do governo grego, não identificado, mas citado pela agência Reuters, diz que a Grécia se prepara construir várias instalações, para cerca de 1.000 pessoas cada. O objetivo é reduzir o número de refugiados nos campos sobrelotados, aliviar as crescentes tensões e melhorar as condições que os ativistas chamaram de “vergonhosas”.
Na origem desta situação está, segundo a mesma fonte, o lento processamento dos pedidos de asilo que atrasa a sua devolução à Turquia.
Jacqueline Hale, da Organização Não Governamental Save the Children, fala da situação no terreno:
“O número de pessoas que chegaram à Grécia duplicou desde o início do verão, o que é particularmente preocupante, porque há já instalações sobrelotadas, a ponto de rutura, nas ilhas de Chios, Samos e Lesbos, locais onde operamos. Isto significa que se as crianças e os pais estão já em condições insuportáveis, vão ficar pior com o aumento da pressão.
Nós gostaríamos que a União Europeia avançasse com recursos financeiros para as autoridades gregas”, adianta Hale
A Save the Children diz que há 3800 crianças refugiadas no país.
De acordo com dados do governo grego mais de 10.700 refugiados estão em campos, em cinco ilhas gregas, que têm capacidade para 7.450.
No total, na Grécia, estarão retidos mais de 57 mil refugiados.