Depois da cimeira dos líderes dos 28 países, foi a vez dos eurodeputados debaterem o resultado do referendo no Reino Unido, que ditou a saída deste país da União Europeia.
Presente no plenário, em Estrasburgo, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que “gostaria de referir que aqueles que, há dias, eram os heróis gloriosos do Brexit são agora heróis desalentados. Na verdade são falsos nacionalistas, não são verdadeiros patriotas. Os patriotas não abandonam o navio quando as coisas ficam difíceis, mas seguem ao leme”.
Visão oposta têm os eurodeputados britânicos anti-União tais como Janice Atkinson, que considera que as instituições de Bruxelas têm demasiado poder.
À euronews, a eurodeputada disse que “cerca de 40 a 50% dos cidadãos da União Europeia concordam conosco. Isto das instituições decidirem o nível de água nos autoclismos ou o tamanho dos pepinos, toda essa micro-gestão de todos os aspetos da nossa vida, acabou”.
Os ecologistas também querem centrar o debate nos anseios dos cidadãos. Philippe Lamberts afirmou que “falar sobre a flexibilização do mercado de trabalho, acordos comerciais ou permissão de uso de venenos tais como o glifosato deixa os cidadãos muito, muito irritados. Dá a ideia de que as políticas estão a ser feitas apenas para alguns privilegiados”.
O líder do grupo de centro-direita também defende uma maior proximidade com as populações. Para Manfred Weber “as pessoas estão já fartas deste debate sobre questões técnicas, sobre como a União Europeia deve funcionar. O que as pessoas querem é soluções, é isso que exigem aos políticos”.