Oliviero Toscani e as campanhas publicitárias da Benetton
Recebi alguns e-mails pedindo que eu falasse sobre o livro “A Publicidade é um cadáver que nos sorri”, então vai aí a trajetória de Oliviero Toscani e o processo de criação do polêmico publicitário. Boa leitura!
O livro, “A publicidade é um cadáver que nos sorri”, foi escrito pelo fotógrafo e criativo Toscani, nome responsável por campanhas chocantes da grife de roupas Benetton. O fotógrafo, que é totalmente propenso a uma confusão, narra o processo de criação de cada foto e a aceitação junto ao público, o que, diga-se de passagem, não é nada fácil de conseguir. Principalmente quando se tem ousadia demais.
Aprimorando minha leitura, percebi que existiam alguns fatos reais e inegáveis da publicidade (observando o nosso dia a dia), principalmente quanto ao vazio criativo de certas campanhas e ao alto custo das mesmas. Porém, quero deixar bem claro que minhas conclusões estão longe de defender integralmente o fotógrafo da Benetton.
Toscani foi o primeiro a ter coragem de denunciar, tão bravamente. Enxergou o excesso de vaidade no vazio da publicidade e optou por um choque.
Oliviero Toscani nasceu em 42, em Milão. Seu pai era repórter fotográfico e sua vocação se revelou no dia em que ganhou seu primeiro brinquedo: uma máquina fotográfica. Fotógrafo de arte e de moda com passagens pela publicidade de humor negro e alto impacto dos ingleses da agência Thompson, soube despertar a atenção do consumidor como ninguém.
Por um período de 18 anos, Toscani foi o responsável pela campanha publicitária internacional da Benetton. Em uma perfeita estratégia de administração de mídia, nestes 18 anos capitalizou espaço gratuito multimídia veiculando em suas fotos temas tabu da atualidade, como:
- AIDS: “As reações do grande público mais exacerbadas... com o cartaz da Benetton do outono de 1993, mostrando uma pele tatuada com a inscrição HIV POSITIVO”. P. 79
http://contatopublicitario.blogspot.com.br/2009/02/recebi-alguns-e-mails-pedindo-para-que.html