Milhares de migrantes começaram a sexta-feira no meio da lama e da chuva sob a perspetiva de permanecerem muitos mais dias na fronteira da Grécia com a Macedónia.
O campo de transição de Idomeni conta com pelo menos 12 mil migrantes sem condições e face ao mau tempo, muitos começam a sentir problemas de saúde.
“Isto está cheio de água, sete pessoas estão aqui e o nosso balde está cheio de água e está muito frio. E vejam as nossas roupas, está tudo cheio de água porque não tínhamos lugar”, diz uma mulher grávida, que não vê para já uma solução para os problemas imediatos, um cenário idêntico para muitos outros migrantes.
Mas há quem consiga manter boa disposição. “Não podemos dormir e nadar ao mesmo tempo”, explica um jovem com um sorriso nos lábios.
As fronteiras não estão totalmente encerradas.
Existem limites diários para a entrada de refugiados e os controlos são maiores. O desespero é contabilizado em lágrimas e número de dias de espera.