Uma pausa para um gostoso café nos dá energia para continuarmos a nossa caminhada e criarmos novos caminhos
Tenho frequentado outras mesas, outros lábios, outros copos. Procuro, uma vez ou outra, um local vazio para tomar café – mas sozinho. Observo o movimento das pessoas, a dança das cadeiras e suas companhias, examino a urgência que me separa do restante delas. Fito a minha xícara de café, contemplo a fumaça perdendo-se a minha frente e, inevitavelmente, imagino o quanto essa dança ficaria mais formosa com o vapor de duas xícaras – a minha e a tua.
A minha xícara de café, sabe, ela sempre esfria. Me demoro contemplando o nada (como você bem sabe que faço).
Eu não saberia dizer o que se passa em minha cabeça entre um gole e outro, só sei o quanto preservo esse ritual como algo muito íntimo, e por isso não o divido com mais ninguém. Mas, de vez em quando, me atento a passos marcando proximidade da minha mesa – eu nunca me viro – mas penso o que poderia ser … penso no que poderia acontecer.
Aceita um café?
