A Colômbia e a guerrilha das FARC estão prontas a pôr fim a mais de meio século de conflito, com um acordo de paz no próximo dia 23 de março.
O anúncio foi feito em Havana, onde o presidente colombiano Juan Manuel Santos, selou o capítulo mais difícil de seis meses de negociações com um aperto de mão ao líder do grupo armado, Rodrigo Londoño.
Os dois campos acordaram uma amnistia judicial para os combatentes – que exclui os crimes de guerra – a criação de um tribunal especial e o desarmamento total da guerrilha até 60 dias após a assinatura do acordo definitivo.
Segundo o líder das FARC, Rodrigo Londoño, “estamos contentes por poder anunciar que esta jurisdição especial para a paz foi elaborada por todos os campos envolvidos no conflito, combatentes e não combatentes, e não apenas por uma das partes”.
A amnistia judicial tinha sido um dos pontos a condenar ao fracasso as anteriores tentativas de paz entre os dois campos, sob a pressão das associações de vítimas do conflito.