Cabeças No Ar - No Pavilhão Atlântico (parte 2/13)
A Corrente Do Jogo
Na toada do Inverno
Quando o frio dá o mote
Não há maior riqueza
Que ter em cima um capote
Mas mal uma bola pincha
O sol brilha-me no rosto
Atrás dela um compincha
Cada um logo ao seu posto
Sinto-me que nem archote
Já em mangas de camisa
E tu ó meu rico capote
Já és poste de baliza
Toca, toca, toca a campainha
És balde de água no fogo
És como sofrer um golo
Toca, toca, toca a campainha
És como sofrer um golo
Contra a corrente do jogo
Venha lá o Universo
Venha o Sistema Solar
Quanto a mim não há melhor
Que ter bons pés para fintar
Venha o corpo em pormenor
Falanginha, falangeta
Quanto a mim não há pior
Que ter na equipa um perneta
Foi tão breve o intervalo
E o jogo ainda empatado
Quem nos dera o regalo
De a seguir haver feriado
Toca, toca, toca a campainha
És balde de água no fogo
És como sofrer um golo
Toca, toca, toca a campainha
És como sofrer um golo
Contra a corrente do jogo (bis)
Toca a campainha
Toca a campainha
Toca a campainha
És como sofrer um golo
Contra a corrente do jogo
Carlos Tê / João Gil