Em despedida, Moreno não repete Barcos, e Grêmio perde para o Brasil

2015-02-12 68

Centroavante tem atuação apagada em seu último jogo no Tricolor. Marcelo Grohe falha em saída do gol, e outro centroavante, Nena, rouba a cena na partida

O roteiro estava escrito de maneira bastante semelhante. Até esta quarta-feira. Marcelo Moreno seguia os passos de Barcos, ao aceitar proposta do Changchun Yatai, da China, e deixar o Grêmio. Faltavam a vitória e os dois gols no adeus. O último ato, porém, não aconteceu. O centroavante boliviano passou em branco e ainda viu o Grêmio perder por 1 a 0 para o Brasil de Pelotas, líder do Gauchão, na Arena.
Moreno aceitou a proposta feita pelos chineses nesta quarta-feira. A resposta positiva foi envolta em mistério pelos empresários que trabalham a negociação, por conta da partida. Um pronunciamento do centroavante é prometido para depois do confronto. O boliviano jogará com o ex-companheiro argentino após firmar contrato de dois anos.

Com a vitória, o Xavante se manteve na liderança do Gauchão, com 10 pontos. O time de Felipão segue com seis e pode perder a vice-liderança nesta noite. O Tricolor volta a atuar sábado, novamente na Arena, contra o Veranópolis. Já o Rubro-Negro de Pelotas enfrenta o Novo Hamburgo, no Estádio do Vale, no mesmo dia.
Faltou inspiração
Todos os olhares estavam sobre Marcelo Moreno, que fazia sua despedida. Em vão. O boliviano, apesar de toda luta e dedicação - parecia ansiar um gol como um prato de comida -, pouco teve a fazer no primeiro tempo. O camisa 9 não teve chances de finalizar no gol de Eduardo Martini. A melhor oportunidade gremista, aliás, veio de longe: Everton arriscou da intermediária e obrigou o goleiro a cair no canto e espalmar o chute. Grêmio e Brasil protagonizaram um jogo digno para disputar a liderança do Gauchão. Em campo, duas equipes que mostraram respeito mútuo e que evitaram ceder contra-ataques. De um lado, os gremistas eram barulhentos na região da arquibancada norte. Do outro, os cerca de mil xavantes também empurravam o time de Pelotas.

O Xavante, por sua vez, mantinha a proposta de atuar de forma condensada, numa clara proposta de segurar o jogo. Na melhor chance, Alex Amado – o jogador mais perigoso dos rubro-negros – arrancou, ingressou na área de Grohe e, na hora do arremate, viu o pé salvador de Rhodolfo afastar o perigo com o bico da chuteira, deitado no gramado. O defensor e seu companheiro, Erazo, fizeram partida segura.
Algo raro na Arena: falha de Grohe
Se o primeiro tempo foi marcado por um marasmo absoluto, o segundo tratou de trazer emoção desde o princípio. Logo aos três minutos, Nena abriu o marcador. O centroavante aproveitou saída errada de Marcelo Grohe, que não consuma falhar, para empurrar a bola para as redes tendo o gol escancarado pela frente. No lance que resultou no escanteio, Walace já havia errado e dado a chance de Alex Amado finalizar par ao gol.
E Marcelo Moreno? O desafio de ter uma despedida semelhante a de Barcos, com gols, parecia uma epopeia. Bem marcado pelos zagueiros Fernando Cardozo, Cirilo e Rafael Forster, o boliviano sofria com o isolamento no ataque. O cenário fez com que Felipão sacasse Douglas, que saiu vaiado, para a entrada de Paulinho, deixando a armação nas costas de Lincoln. Antes disso, Júnior havia substituído Walace, o que fez com que Marcelo Oliveira virasse volante. Tentativas de empurrar o time pra frente e torná-lo mais ofensivo. Também em vão.
O Tricolor manteve a pressão nos minutos finais. Ficou com a bola, brigou, correu. Mas, no último jogo de Marcelo Moreno com a camisa gremista, o time pouco fez para que o centroavante deixasse a Arena com um sorriso no rosto, serviço bem-feito e gols na conta.

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