Na Roménia, há centenas de milhares de pessoas desesperadas e em risco de perderem as casas. Pediram empréstimos imobiliários em francos suíços, mas em janeiro o Banco Central helvético decidiu abandonar a taxa de câmbio em relação ao euro. O franco suíço disparou.
Daniela Gornea, 37 anos, pediu o equivalente a 65 mil euros para comprar um T3 em Bucareste, onde vive com as duas filhas.
As prestações absorvem agora quase todo o salário do marido. Para viver têm o equivalente a 70 euros:
“Penso que vou perder a casa. Não tenho outra escolha. Os 740 francos equivalem a 3700 (840 euros) ou a 3800 leu romenos. O salário são quatro mil leu (910 euros). Não podemos fazer planos. Para mim, é claro, vamos perder a casa”.
Na Hungria, o governo indexou os empréstimos em divisa estrangeira à moeda nacional, salvando muitas famílias.
As autoridades romenas ponderam fazer o mesmo, mas o FMI é contra. Entretanto, as famílias desesperam.
O conselheiro do governador do Banco Central, Ad