Duas semanas após os atentados de Paris, o discurso anti-terrorista do governo francês passa também pelo reconhecimento das causas da radicalização de centenas de jovens franceses.
Durante os votos de ano novo à imprensa, o primeiro-ministro francês admitiu que as recentes ações terroristas revelam igualmente as divisões sociais no país.
Um “apartheid social e étnico”, segundo Manuel Valls:
“A miséria social reforça as discriminações diárias quando não se tem o bom nome de família, a boa cor de pele ou quando se é mulher. Não se trata de desculpar a situação, mas é importante que analisemos a realidade no nosso país”.
O governo lançou recentemente uma linha telefónica para denunciar casos de radicalização religiosa, enquanto tenta avançar com medidas para melhorar o quotidiano dos milhares de jovens que vivem nas zonas de subúrbio.
Segundo o ministério do Interior francês, cerca de 930 jovens do país terão sido recrutados para combater ao lado do grupo Estado Islâmico na Sí