Paris acordou esta quarta-feira para aquele que prometia ser um grande dia nos centros comerciais da capital francesa: Arrancavam os saldos. Mas, ao final da manhã, na redação da revista Charlie Hebdo, aconteceu o ataque que chocou o Mundo e, claro, de uma forma mais particular, todos aqueles que estavam na capital francesa.
O estado de alerta intensificado de pronto pelas autoridades em Paris deixou vazias muitas lojas, como testemunhou Isabel Ces, a enviada especial da euronews, à capital francesa, que teve oportunidade de tentar perceber, horas depois do atentado, como algumas pessoas de diferentes origens estavam a assimilar os acontecimentos.
NOT AFRAID: Thousands gathered in Paris in support of freedom of expression. AFP #JeSuisCharlie pic.twitter.com/d44m5BxraL— Breaking News Feed (@PzFeed) 7 janeiro 2015
“Isto é demais. É uma barbaridade. Não é nada bom. Estas eram pessoas inocentes. É inadmissível”, disse-nos um homem. Uma mulher questionava-se: “Como é que histórias destas podem acontecer em torno da religião? Somos todos seres humanos. Não consigo compreender.”
Um brasileiro disse que “este tipo de ataque é uma covardia”. “A causa deles… não há qualquer explicação para eles agirem assim”, considerou.
Um homem expressando-se em arábico com pronúncia egípcia afirmou: “Eu condeno este ataque. No Corão, Deus diz-nos que àqueles que não nos atacam, nós devemos tratar bem e com respeito.”
De acordo com esta reduzida amostra de cidadãos anónimos que se cruzaram com a euronews, em Paris, horas depois do atentado, é aparentemente unânime a condenação deste atentado. Tanto por parisienses como por turistas de visita à Cidade Luz ou por imigrantes a viver na capital francesa.
Cartoonists stand in solidarity with #CharlieHebdo victims with these powerful images http://t.co/Tbg2WDiIHF pic.twitter.com/MhPgwnz9gQ— Mother Jones (@MotherJones) 7 janeiro 2015