A polícia grega prendeu Christodoulos Xiros, um dos homens mais procurados que estava desaparecido desde 7 de janeiro do ano passado.
Xiros cumpria seis penas perpétuas pela participação em 33 atos terroristas, entre os quais seis homicídios, como membro do grupo extremista “17 de Novembro” (17-N) e desapareceu durante uma saída precária de nove dias.
Agora as autoridades gregas conseguiram encontrá-lo numa casa nos subúrbios de Atenas. Ao que tudo indica, terá tentado mudar de visual e estará com o cabelo e a barba pintados de loiro.
Poucas semanas depois de desaparecer, Christodoulos Xiros anunciou, num vídeo divulgado pela internet, que iria regressar à luta armada. O foragido disse mesmo: “decidi pegar outra vez na minha espingarda de guerrilheiro para lutar contra os que nos roubaram a vida e venderam o nosso futuro”. Xiros exigia ainda a anulação da dívida da Grécia e a saída do país da União Europeia e apelava aos militantes de extrema-esquerda e aos anarquistas “que ainda são revolucionários” para superarem as suas divergências e se juntarem à luta. Na mesma altura, as autoridades gregas chegaram a oferecer uma recompensa de quatro milhões de euros a quem ajudasse a prender “terroristas” em fuga.
Recorde-se que o grupo o 17-N, desmantelado em 2002, tinha uma ideologia marxista, nacionalista e antiamericana e foi criado em 1975. Uma das primeiras ações foi o assassínio do chefe da antena da CIA em Atenas, Richard Welch. Durante os seus 27 anos de existência, o grupo reivindicou 23 assassínios e uma dezena de atentados.