2015 só agora começou e promete trazer instabilidade ao Reino Unido. O país prepara-se para eleger um novo executivo em maio e em cima da mesa está a possibilidade de Londres abandonar a União Europeia.
O primeiro-ministro, David Cameron, prometeu que caso seja reeleito vai convocar um referendo sobre a questão, em 2017.
Nas eleições europeias do ano passado partidos como o Partido Independente do Reino Unido, o UKIP, conhecidos pelos ideais anti-europeistas, ganharam maior destaque.
Para os empresários britânicos permanecer na UE é benéfico para os negócios.
“Significa que fazer negócios é mais fácil, significa menos burocracia. Nós negociamos com muitos lugares do mundo onde é muito difícil. Não ter essa frustração, essa desorganização, essa variação de preços em diferentes países, entre os nossos maiores parceiros comerciais é, verdadeiramente, positivo”, assegura o diretor da Brompton, Will Butler-Adams.
Na City, o coração financeiro de Londres, a vontade é que o Reino Unido permaneça na União Europeia e uma eventual saída pode ser muito prejudicial para a economia. Uma ideia suportada pelo economista Justin Urquart Stewart: “Se sairmos, isso seria muito mau para a ‘City’ de Londres. Podemos não gostar do modo como a UE funciona mas ser quisermos mudar um clube, temos de fazer parte dele. Caso contrário, tudo o que estaremos a fazer é incentivar as pessoas a fazer negócios com o clube, mas sem nós. “
O sentimento anti-europeísta tem crescido na sociedade britânica, em parte, devido a questões relacionadas com a livre circulação de cidadãos. Mas será a economia que irá ditar se o país permanece ou não na União Europeia.