Lituânia tende a afastar-se da Rússia com negócios ligados ao euro e ao ocidente

2015-01-01 9

Os euros lituanos chegaram, mas com sete anos de atraso. O litas (LTL), estava ligado ao euro, desde 2002, mas a crise adiou tudo. A Lituânia é, assim, a última das três repúblicas bálticas a adotar a moeda única. A primeira foi a Estónia, em 2011, e depois a Letónia, em 2014. A experiência positiva dos dois países vizinhos teve um efeito apaziguador e ao mesmo tempo encorajou Vilnius a seguir-lhes os passos.

A partir de hoje são 19 os países da zona euro, entre os 28 da União Europeia, ou seja, 337 milhões de europeus partilham a mesma moeda – apesar de os franceses enviarem os extratos das contas bancárias ainda em francos (inexistentes há 15 anos), ao lado dos euros….

Na Lituânia, são três milhões. Com a adoção do euro, o PIB lituano pode aumentar 1,3% a longo prazo. Os duros cortes orçamentais acabaram por equilibrar as contas públicas e relançar o crescimento. No entanto, 150 mil lituanos ão tiveram como esperar, e emigraram.

As previsões, para os resultados de 2014, apontam para um aumento de 2,9% do PIB. Da queda vertiginosa de 2009, ficou apenas a má recordação.

A utilização do euro vai beneficiar as exportações lituanas, 60% das quais para a UE. O analista de mercados, Alastair McCaig, considera outras consequências:

“- Evidentemente, vive-se um ambiente de insegurança, já sentido noutros países bálticos, entre a Rússia e o ocidente. Por essa razão, qualquer reforço dos laços com o mundo de negócios ocidental vai contribuir para os tranquilizar”.

Uma das obsessões da Lituânia é libertar-se da dependência energética em relação à Rússia. No fim de outubro, recebeu um terminal flutuante de gás natural líquido que deve contribuir para uma maior margem de manobra, pois nos próximos meses, começa a importar gás da Noruega.

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