O presidente Raul Castro discursa este sábado na terceira e última jornada da Assembleia Nacional de Cuba que apoiou por unanimidade o acordo alcançado entre Havana e Washington para normalizar as relações entre os dois países, após mais de meio século de hostilidade.
Em Miami, no bairro “Pequena Havana”, onde vive uma numerosa comunidade cubana, as opiniões sobre a normalização das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos estão longe de serem unânimes.
“Os cubanos são um povo que tem marcas muito, muito profundas, física e mentalmente, deixadas pelo fracasso do governo cubano, nos últimos 50 ou 60 anos”, disse o filho de um imigrante cubano.
“Talvez seja uma nova vida. Um novo começo de algo que pode vir a ser muito bom ou muito amargo. Esperemos pelo melhor”, afirmou um imigrante cubano.
Após o anúncio do acordo, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão autónomo da Organização dos Estados Americanos, disse esperar de Cuba maior abertura ao exterior e dos Estados Unidos o fim do embargo unilateral à ilha.