A Ucrânia prepara-se para consumar o afastamento da Rússia com a revisão do seu estatuto de país não alinhado, com os olhos postos na adesão à NATO e à União Europeia.
De visita à Polónia, o presidente ucraniano Petro Poroshenko afirmou que espera que o país possa aderir à UE em 2020.
Uma esperança que parece ainda distante, quando a prioridade de Kiev passa pela resolução do conflito no leste do país com a anunciada retoma das discussões com os separatistas no domingo.
A União Europeia e os Estados Unidos falam de uma mudança de atitude da Rússia, como sublinhou a responsável diplomática da UE, de visita a Kiev.
“Espero que os sinais de abertura por parte da Rússia se concretizem em escolhas e atos concretos”, afirmou Federica Mogherini.
Uma esperança que não parece ser partilhada do lado ucraniano, que falou mesmo de uma crise humanitária no leste do país, alegadamente criada pela ocupação russa.
Para o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano: “Só podemos falar de passos construtivos por parte da Rússia quando começarmos a ver ações concretas e não apenas palavras. Passos concretos como a retirada das tropas russas, o fim do envio de armamento russo para a região e o fim do apoio de Moscovo aos terroristas”, afirma Yevhen Perebyinis.
O clima de desconfiança volta a pairar sobre a retoma do processo de paz anunciada para este domingo, em Minsk, quando os separatistas afirmaram hoje não estar ao corrente do encontro.
Fontes próximas dos rebeldes avançam, no entanto, que os responsáveis pró-russos teriam exigido uma nova troca de prisioneiros a Kiev como condição para participar na próxima ronda de discussões.