O parlamento grego começa esta quarta-feira um processo que pode terminar em eleições legislativas antecipadas. Os deputados votam para a eleição do novo presidente, mas se o candidato apresentado pelo governo não alcançar o apoio de mais de 200 dos 300 deputados, o voto poderá ser repetido mais duas vezes.
“É possível que na última tentativa, no dia 29, se vejam algumas mudanças por parte dos deputados da oposição, mas da forma como as coisas estão agora, penso que é impossível a este parlamento eleger o novo presidente”, diz o analista político Giorgos Papacristos.
O governo que antecipou a eleição e tem uma maioria de 155 assentos parlamentares terá dificuldade em garantir a eleição do antigo comissário europeu, Stavros Dimas, o único candidato.
“Com a antecipação da eleição presidencial, o governo tenta estender a sua própria vida. Mas a única coisa que está a aumentar é a austeridade e a recessão que têm vindo a destruir a economia grega, defende o deputado independente, Markos Bolaris.
Se até ao dia 29, data da última volta possível da eleição presidencial, o candidato do governo não for eleito, o executivo terá que organizar eleições legislativas antecipadas e, segundo as sondagens, a esquerda radical do Syriza é dada como favorita.
O nosso correspondente, Giannisis Stamatis, explica:
“Esta não é a primeira vez na história política moderna da Grécia que poderão ser necessários três votos para eleger o chefe do Estado. Mas é a primeira vez que uma eleição presidencial coloca o país à beira de eleições legislativas cruciais para o seu futuro”.