A bolsa de Atenas acumula as perdas. Esta quarta-feira cedeu 1%. Um valor moderado depois de no dia anterior ter afundado quase 13%, a maior queda em 27 anos.
O índice helénico é penalizado pelas incertezas políticas e as sondagens que dão a vitória ao partido radical e anti-austeridade, Syriza, em caso de legislativas antecipadas.
O corretor Alex Kyriakides explica: “Os gestores de fundos contavam com a possibilidade de o governo permanecer no poder pelo menos mais um ano e meio. A hipótese de eleições antecipadas surpreendeu-os e leva-os a vender. Os bancos são particularmente vulneráveis. Os investidores estão céticos sobre a proposta da oposição para o controlo estatal do sistema bancário”.
Face ao programa económico do Syriza, há alguns políticos que evocam a hipótese de incumprimento da Grécia.
Isso faz subir as taxas de juro das obrigações. Os títulos a três meses rondam 9,8%, a cinco anos os 8,6% e a dez anos superam os 8,2%.
No meio da tempestade financeira, em Atenas, a jornalista Symela Touchtidou recorda: “A Grécia vê secar as fontes de liquidez. Não se sabe quando chegará a acordo com a ‘troika’, para que possa ser libertada a última fatia do pacote de ajuda. Além disso, os mercados internacionais estão a virar as costas ao país”.